Adam Jonas, analista do banco norte-americano Morgan Stanley, prevê que as acções da Tesla disparem cerca de 30 por cento em 2017 e um dos motivos para este aumento é a relação entre o fundador da empresa, Elon Musk, e Donald Trump, que acaba de tomar posse do cargo de presidente dos Estados Unidos da América, o 45º da história.
Durante a sua campanha e nas semanas que antecederam à tomada de posse, Trump colocou um enorme ênfase na repatriação de empregos industriais de volta para os EUA e Jonas acredita que a Tesla sairá beneficiada desta posição de Musk face a Trump. "Como a criação de trabalhos industriais de alta tecnologia nos Estados Unidos é uma das prioridades da administração de Trump, acreditamos que Musk terá certos objectivos que se poderão alinhar muito bem com os do governo de Trump", acrescentou Jonas.
Recorde-se que a Tesla conta com 25 mil trabalhadores nos EUA e está no epicentro da criação de empregos de alta tecnologia no país, pelo que enquanto Trump ameaça taxar com pesados impostos quem mover as suas unidades de produção para o México (como o caso da General Motors, da Ford e da BMW) a empresa liderada por Elon Musk pode "passar entre os pingos da chuva", já que 83 por cento dos seu empregados estão sediados nos Estados Unidos. E a tendência é que este número aumente. É que a Tesla já confirmou recentemente que vai investir mais 350 milhões de dólares numa nova unidade de produção de baterias no estado do Nevada, sendo que a curto prazo a estimativa é que sejam criados 550 novos postos de trabalho, ainda que Musk já tenha reiterado que o seu objectivo é que esta fábrica venha a ter 10 mil colaboradores.
É caso para perguntar: Quanto vale uma amizade com Donald Trump? Para Musk e para a "sua" Tesla, vale um aumento de cerca de 30 por cento!